Phronesis é uma palavra grega que
significa sabedoria ou inteligência. Phronesis é também um trio formado por
músicos escandinavos e britânicos, radicado em Londres, que ganha, aos poucos,
destaque na cena jazzística contemporânea. O editor da revista Jazzwise
Magazine, Jon Newey, descreveu o grupo como o mais excitante e criativo trio
de piano da atualidade.
O mar do Phronesis é repleto de
tormentas e não oferece trégua durante a travessia. É jazz europeu cerebral e contemporâneo.
Às vezes, extrapola na contundência, em desconstruções musicais demasiadamente
cruas e tensas. Enfim, o trio é uma máquina de energia acústica. Para quem
entende a audição musical como uma forma de experiência sensorial e até de
transcendência, o som do grupo é obrigatório.
Criada em 2005, a banda é liderada pelo
baixista dinamarquês Jasper Hoiby. Completam o time Ivo Neame (piano) e Anton
Egar (bateria). O grupo lançou dois discos: “Alive” (2010) e “Walking Dark”
(2012). O baterista Mark Guiliana tocou no primeiro disco, que, como o nome
sugere, foi gravado ao vivo. Só para lembrar: Mark participou de dois dos
melhores discos do baixista israelense Avishai Cohen: “Continuo” (2006) e
“Gently Disturbed” (2008). Aliás, para quem gosta do som do baixista israelense
(especialmente dos discos feitos em trio), Phronesis é um prato cheio.
O segundo CD do Phronesis é mais melódico e elaborado que o
primeiro. E tem mais: o baterista sueco Anton Egar não fica a dever a Mark
Guiliana, no uso de contratempos inusitados. Para se ter uma ideia do
que o trio é capaz, deixo o vídeo da música “Abraham’s New Gift”, com o feroz
Mark na bateria.