Um dos grupos de maior destaque na cena folk de Portugal é o Mandrágora. O colectivo (como chamam grupo por lá), formado na cidade de Porto (a segunda maior do país), incursiona pela tradição celta presente no Norte de Portugal e da Espanha, com temas basicamente instrumentais.
Foi uma grata surpresa quando descobri, por volta de 2005, que em Portugal existia uma cena musical jovem, que une elementos diversos: celtas, medievais, mediterrâneos, orientais, eruditos, roqueiros e jazzísticos, o que resulta em um som contemporâneo e envolvente. Neste blogue, já falei de um outro grupo português desta geração, o Dazkarieh. Hoje, no auge da carreira, com shows marcados em toda a Europa. A proposta musical desta cena se difere, por exemplo, da música produzida pelo Madredeus, bastante difundida no Brasil, nos anos 90.
Foi uma grata surpresa quando descobri, por volta de 2005, que em Portugal existia uma cena musical jovem, que une elementos diversos: celtas, medievais, mediterrâneos, orientais, eruditos, roqueiros e jazzísticos, o que resulta em um som contemporâneo e envolvente. Neste blogue, já falei de um outro grupo português desta geração, o Dazkarieh. Hoje, no auge da carreira, com shows marcados em toda a Europa. A proposta musical desta cena se difere, por exemplo, da música produzida pelo Madredeus, bastante difundida no Brasil, nos anos 90.
Depois de algumas mudanças, integram o Mandrágora atualmente Filipa Santos (flautas, saxofone e gaita de fole), Ricardo de Noronha (bateria e percussões), Miguel Moreira (guitarras) e David Estêvão (contrabaixo).
A banda tem dois discos lançados “Mandrágora” (2005) e “Escarpa” (2008). São trabalhos com sonoridades diferentes. O primeiro recebeu o Prémio Carlos Paredes, atribuído anualmente ao melhor disco português instrumental não erudito. Nele, ouve-se temas acústicos baseados na musicalidade celta, com o uso da gaita de fole e flautas na maioria das composições. O outro mostra o amadurecimento musical da banda, ao produzir uma sonoridade mais experimental e elétrica, com resquícios do jazz fusion e do rock progressivo - ambas sonoridades dos anos 70. Vale procurar os dois trabalhos e fazer a comparação.
Selecionei o belo vídeo da música “Vale de Sapos”, do primeiro disco, em que podemos conferir e apreciar a sonoridade rica de influências do Mandrágora. Um recado: há vários grupos com este nome em todo o mundo, inclusive no Brasil. Portanto, é preciso muita atenção ao procurar os discos na Internet, para não trocar (tocar) gato por lebre. E mais: Mandrágora é uma planta, cuja lenda remete à Europa medieval. Dizem que sua raiz grita ao ser arrancada da terra, entre outras peculiaridades.
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