quinta-feira, 26 de julho de 2012

L'Ham de Foc: múltiplas sonoridades étnicas



Eu estava devendo uma postagem sobre o L’Ham de Foc, apesar de o grupo espanhol ter encerrado as atividades em 2007, depois de lançar três discos brilhantes: “U” (2000), “Cançó de Dona I Home” (2002) e “Cor de Porc” (2006), que impressionam pela riqueza de timbres e pelas múltiplas referências étnicas.

Formado em 1998, na cidade de Valência, o L’Ham de Foc foi liderado pela vocalista Mara Aranda e pelo instrumentista Efrén López, que realizaram um minucioso trabalho de pesquisa musical, proporcionando combinações poucas vezes experimentadas. No som do grupo, coube referências medievais, mediterrâneas, celtas e do Oriente Médio.



Entre os grupos de música étnica do período, que tive a oportunidade de conhecer, o L’Ham de Foc foi o que produziu a obra mais rica. Deixou saudades e um legado musical inquestionável. Um som vigoroso, exótico, moderno e tradicional ao mesmo tempo. A voz singular de Mara Aranda era outro atrativo.

Para se ter uma ideia da riqueza de referências do grupo, basta conhecer os tipos de instrumentos usados, oriundos de diferentes regiões do mundo: derbak, duduk, tabla, saz, santoor, harpa, gaita de fole, entre tantos outros. Sonoridades turcas, persas, armênias, indianas, árabes e ibéricas.

O L’Ham de Foc também fomentou projetos musicais paralelos a exemplo dos grupos Al Andaluz Project (que já rendeu uma postagem no blogue), Sabir e Aman Aman. Este último mergulhou na tradição musical dos antigos judeus sefaraditas da Península Ibérica.




E para nossa sorte, Mara Aranda e Efrén López, mesmo separados, continuam a desenvolver projetos musicais semelhantes ao L’Ham de Foc. Para se ter uma noção do poder do grupo, deixo o vídeo de Encara, um passeio pelos timbres e percussões orientais.











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